Exploração sustentada de recursos geológicos

Exploração sustentada de recursos geológicos

Recursos Energéticos

 

 

 

Recursos Minerais - grande diversidade de materiais terrestres, onde se incluem os metais, bem como as rochas e minerais utilizados nas mais variadas aplicações.

Metais

Os elementos metálicos encontram-se dispersos nas rochas da crosta, em concentrações relativamente pequenas (ppm ou g/t). Nos locais onde a concetração destes ultrapassa razoavelmente a média de distribuição da crosta, considera-se a existência de um jazigo mineral. Ao material rochoso, de interesse económico, chama-se minério. O material que durante o processo de mineração é rejeitado constitui a ganga - material sem valor económico que quando acumulado à superfície demonina-se escombreira. Estas acumulações são capazes de gerar impacto ambiental negativo. ex: formação de lixiviados.

Materiais de Construção e ornamentais

As rochas utilizadas na construção são um mineral de importância económica significativa. De entre as caraccteristicas desejáveis para a utilização de minerais destacam-se:

  • resistência ao desgaste por abrasão;
  • dureza não excessiva;
  • baixa porosidade, associada a uma boa impermeabilização;
  • baixo teror de minerais alterados;
  • baixa condutividade térmica.

 

 

Recursos Hidrogeológicos

A água que circula na Natureza constitui diferentes reservatórios no planeta, como oceanos, rios e glaciares. Hidrogeologia é a ciência que estuda o armazenamento, circulação e distribuição das águas nas formações geológicas, tendo em consideração as suas propriedades físicas e químicas, as suas interacções com o meio abiótico e biológico, e as suas respostas às actividades antrópicas.
O contínuo e interminável movimento da água no nosso planeta constitui o ciclo hidrológico. As águas subterrâneas constituem a componente que não é directamente observada pelo ser humano e também a mais lenta do ciclo hidrológico. Fazem parte de 0,6% do total da água existente na Terra, e são um importante recurso geológico, sendo a sua quantidade e qualidade cruciais para a sobrevivência e saúde das populações humanas.

 

 

 

 

Através de técnicas apropriadas pode-se ter acesso à água que circula subterraneamente. Chama-se aquífero a uma formação geológica subterrânea que permite a circulação e o armazenamento de água nos seus espaços vazios, permitindo normalmente o aproveitamento desse líquido pelo ser humano de forma economicamente rentável e sem impactes ambientais negativos. São as águas que precipitam sobre a superfície da Terra que se infiltram no solo por acção da gravidade e originam as água subterrâneas. Estas águas podem ser armazenadas em dois tipos de aquíferos: aquíferos livres e aquíferos confinados ou cativos.
 


 




Nos aquíferos é possível distinguirem-se as seguintes zonas:

  • Nível hidrostático ou freático: profundidade a partir da qual aparece água (corresponde ao nível atingido pela água nos poços). Num aquífero livre o nível freático corresponderá ao limite superior do aquífero, uma vez que a água está à mesma pressão que a pressão atmosférica. Esta zona é variável de região para região e na mesma região varia ao longo do ano.
  • Zona de aeração: localiza-se entre a superfície topográfica e o nível freático. Nesta zona, os poros entre as partículas do solo ou das rochas são ocupados por gases (ar e vapor de água) e por água. A água desta zona é utilizada pelas raízes das plantas ou pode contribuir para o aumento das reservas de água subterrânea.
  • Zona de saturação: tem como limite superior o nível freático e como base uma camada impermeável. Nesta zona, todos os poros da rocha estão completamente preenchidos por água.
    As zonas de aeração e de saturação existem num aquífero livre.

 

 

 

 

Características dos aquíferos

 

 

  • Porosidade: é a percentagem do volume total da rocha ou dos sedimentos que é ocupado por espaçoes vazios, ou poros. Esta característica constitui a capacidade da rocha em armazenar água, ou seja, é a medida da saturação da rocha. Rochas sedimentares, como conglomerados e arenitos, têm poros entre os grãos de minerais, pelo que podem armazenar uma quantidade apreciável de água. Ao contrário das rochas cristalinas, que não têm poros entre os grãos de minerais, mas podem armazenar água em fracturas.

     
  • Permeabilidade: é o parâmetro que se relaciona com o movimento da água no aquífero, ou seja, é a capacidade de as rochas transmitirem fluidos através dos poros ou fracturas. As rochas permeáveis deixam-se atravessar facilmente pela água. A permeabilidade das rochas está relacionada com as dimensões dos poros e com a forma como se estabelece a comunicação entre eles.

     

Como influencia o contexto geológico da região?

Se as águas subterrâneas tiverem reservadas em formaçõesgeológicas de origem magmática e metamórfica são de excelente qualidade e de baixas concentrações em sais dissolvidos; se tiverem reservadas em rochas sedimentares, sao águas de boa qualidade mas as que são captadas em arenitos podem ser mais ricas em sódio e as provenientes de rochas carbonatadas mais ricas em cálcio e magnésio.

Se as formações sedimentares forem evaporíticas, como o sal gema, as águas serão muito salinas, impróprias para consumo doméstico.Parâmetros como a composição química e as propriedades terapêuticas de uma água condicionam a classificação da água a nível legal. Em Portugal, e de acordo com a legislação, as águas subterrâneas destinadas ao consumo humano podem ser classificadas como águas minerais naturais e águas de nascente. 

Outra característica importante é a dureza da água, geralmente expressa em mg/l de CaCO3. Esta propriedade reflecte o teor global da água em iões alcalino-terrosos, essencialmente de cálcio e magnésio.