Formação do Sistema Solar

Formação do Sistema Solar

Origem do Sistema Solar

Teoria da Colisão:

Esta teoria foi formulada por Conde de Buffon, Georges - Louis Leclerc (1707-1788). Tem uma base catastrofista, em que é defendida a formação do Sistema Solar através de uma colisão entre duas estrelas, o Sol e uma outra estrela que “vagueava” pelo espaço. A violência do choque terá arrancado pequenos pedaços do Sol, estes, após sofrerem condensação, ao redor do Sol, terão dado origem aos planetas.

Teoria Nebular:

A Teoria Nebular foi originalmente formulada em 1755 por Kant e Laplace. Com o passar do tempo sofreu alguns “ajustes” que a tornaram na teoria actualmente aceite pela comunidade científica para justificar a origem do sistema solar.

  • Primeira Teoria Nebular: era afirmada a origem do sistema Solar a partir de uma nuvem de gases e poeiras, turbilhonante e com baixas temperaturas. Esta possuía um movimento de rotação em torno de si própria, que por consequência das forças de gravitação, levou á contracção da matéria. Assim com a continuidade deste movimento, as partículas centrais formaram o Sol e as restantes, os planetas.
  • Teoria Actual: é um pouco parecida com a original. Esta refere-se à formação de uma nuvem primordial enriquecida por elementos pesados, fria, de grandes dimensões e constituída por gases e matéria interestelar. Que, quando houve condensação da matéria, o núcleo aqueceu gradualmente e a nuvem começou a rodar. A temperatura aumentou milhões de graus. O que levou a reacções termonucleares. As partículas que rodeavam o Sol centraram-se nas zonas internas, onde a temperatura era mais elevada, dando-se a condensação da matéria que levou à formação dos planetas telúricos (terrestres), por sua vez, na zona externa, as temperaturas eram mais baixas e com a condensação originaram-se planetas gasosos de menor densidade.

 

 

Existe uma outra teoria, com menor relevância (Hipótese de Chamberlain) que defende a ideia de uma possível aproximação, sem colisão, de duas estrelas, em que por acção da gravidade terá “arrancado” pequenas porções da outra estrela, formando-se assim os planetas.

 

Constituição do Sistema Solar

O Sistema Solar é constituído pelo Sol (a estrela central) e pelos oitos planetas principais que giram em seu torno, assim como dezenas de planetas secundários, alguns planetas anões, e pequenos corpos (como cometas e asteróides).

 

Sol – a Estrela Central

O Sol é um corpo que emite radiações em forma de luz e calor resultantes de reacções no seu interior. É constituído pela Fotosfera - superfície visível do sol - e pela Cromosfera - atmosfera solar, consiste numa fina camada de gases com cerca de 2000 km a 3000km. 

 

Planetas Principais

  • Orbitam em torno do sol;
  • Têm massa suficiente para terem gravidade própria e assumem uma forma arredondada;
  • Dominam a sua órbita, ou seja possuem uma órbita desimpedida de outros astros.
  • Possui 8 planetas principais (Mercúrio, Vénus, Terra, Marte, Úrano e Neptuno) que se dividem em:

 

    *Rochosos, Interiores ou Telúricos: Formaram-se a partir das partículas que rodeavam o Sol, que se concentraram nas zonas internas, onde haviam temperaturas mais elevadas, ocorrendo aí a condensação de matéria, dando origem aos planetas rochosos. Encontram-se mais perto do Sol e são essencialmente constituídos por silicato. Têm elevada densidade. São Mercúrio, Vénus, Terra e Marte.

    *Gasosos, Gigantes ou Exteriores – Formaram-se na zona externa da nuvem primordial, onde as temperaturas eram mais baixas, deu-se uma condensação de matéria semelhante à do Sol, dando origem aos planetas gasosos. Encontram-se mais afastados do Sol e são constituídos por gases. São Júpiter, Saturno, Úrano e Neptuno.

 

Planetas Anões

A sua massa faz com que as forças da gravidade os levem a ganhar uma forma aproximadamente esférica. Fazem uma órbita com uma vizinhança que não está livre de outros corpos celestes. Não são satélites. São em tudo semelhantes aos planetas principais, possuem uma forma arredondada, no entanto não têm força gravítica suficiente para removerem pequenos corpos que se encontrem na sua órbita.

Plutão deixou de ser considerado um planeta principal, passando a ser um planeta anão; assim como 2003, UB313, Ceres e Caronte.

 

Porque deixou Plutão de ser considerado planeta Principal?

A razão pela qual Plutão deixou de ser considerado um planeta principal é porque a sua órbita interfere com a órbita de Neptuno e nenhum planeta principal interfere na órbita de outros planetas, seja ele principal ou anão.

 

Planetas Secundários

Giram em torno de outros planetas e são também chamados de satélites naturais. (O satélite natural da Terra é a Lua).

 

Movimentos dos Planetas

  • Movimento de Translação - é executado pelos planetas principais em torno do sol, no caso da Terra dá origem às estações do ano e dura 365 dias.
  • Movimento de Rotação - é o movimento que os planetas realizam em torno de si mesmo. A Terra realiza esse movimento em 24h, ou seja dá origem aos dias e às noites. Quando o movimento de rotação é no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio chama-se sentido directo, quando é igual chama-se sentido retrógado.

 

Pequenos Corpos

Asteróides

São todos menores que a Lua. Existem vários grupos de asteróides como:

Cintura de asteróides

Situa-se entre as órbitas de Marte e Júpiter (2,2 UA e 3,3 UA do Sol);

Asteróides Próximos da Terra

As suas órbitas mais elípticas estendem-se aos planetas interiores, podendo potencialmente chocar contra a Terra;

Asteróides Troianos

Movimentam-se ao longo da órbita de Júpiter;

Asteróides Centauros

Orbitam na zona externa do Sistema Solar.

Meteoróides 

São asteróides muito pequenos. Os meteoróides podem formar-se devido à colisão entre asteróides ou à desagregação de cometas, estes vão dar origem a partículas rochosas de variadas dimensões, às quais se dá o nome de meteoróides. Os meteoróides subdividem-se em meteoros e meteoritos.

Meteoros

São pequenos asteróides que chocam com a Terra. Os meteoros são por vezes atraídos para o campo gravitacional da Terra e entram na atmosfera. Ao entrarem na atmosfera geram calor por atrito, deixando um rasto visível a olho nu atrás de si. São comummente chamados de estrelas cadentes. Ao darem-se muitos rastos destes dá-se o nome de chuva de estrelas.

Meteoritos

Atravessam a atmosfera terrestre sem serem totalmente desfeitos. Às vezes, o impacto de um meteorito na superfície da Terra pode provocar uma depressão saliente à qual se dá o nome de cratera de impacto.

Cometas

São constituídos essencialmente por água, gases congelados e poeiras rochosas; o seu diâmetro compreende-se entre 1 e 10 Km. São demasiado pequenos para serem vistos a olho nu, excepto os casos em que se aproximam demasiado do Sol e formam caudas brilhantes. As suas órbitas são elipses muito alongadas. Pensa-se que tenham origem na Nuvem de Oort (possivelmente sobras da formação do Sistema Solar, que se deu pelo colapso de uma nuvem molecular gigante). Ao contrário da Nuvem de Oort, a cintura de Kuiper (outro cinturão de restos gelados, está no plano do sistema solar. 

 

 

Actividade geológica da Terra:

  • Interna: radioactividade; efeito das marés;bombardeamento primitivo; contracção gravitacional.
  • Externa: sol; actividade vulcânica; impactismo.

 

Lua

Tipos de relevos:

  • Mares lunares: Relevo plano, escuro, constituído por basalto.
  • Continentes lunares: Relevo acentuado, rocha de cor clara – anortosito.